A concepção psicológica de homem em Viktor Frankl é substancialmente diversa daquela que predomina, em Freud e em Jung, dos dois autores mais influentes na psicologia contemporânea. A essência dessa diferença é detectada em nível filosófico. Partindo de um elemento espiritual-existencial, Frankl cristaliza uma teoria psicológica centrada em quatro conceitos marcadamente filosóficos: pessoa, liberdade, responsabilidade e significado. Neste livro, Ricardo Peter expõe a concepção antropológica de Frankl para perceber profundamente a renovação e a ampliação realizadas no campo da psiquiatria. A solução trazida pela logoterapia para a questão de fundo da psiquiatria resume-se em ter devolvido ao homem sua dimensão antropológica essencial, ou seja, seu poder de decisão. É desta maneira que a antropologia assume, em Frankl, função terapêutica no sentido mais nobre da palavra.