A vinda da família real para o Rio de Janeiro em 1808, episódio inédito na história da colonização moderna, continua a suscitar questionamento entre os historiadores que se debruçam sobre sua repercussão na política da América, então portuguesa. As transformações vividas na cidade inscrevem-se num processo mais amplo sentido tanto no Império lusitano como por todo o mundo atlântico, cuja sabida complexidade pode ser sintetizada pela expressão da crise do Antigo Regime, desdobrada no Novo Mundo na derrocada do sistema colonial. Tal fenômeno materializava-se em um sentimento de grande, provisoriedade no que diz respeito às alternativas políticas em curso, além de visíveis transformações no nível das sociabilidades, pois que a emergência de novos valores políticos em face da desagregação dos vinculados ao absolutismo tendia a configurar um labirinto no qual tanto o homem comum quanto os participantes diretos dos embates tinham muita dificuldade em guiar-se. Nesse torvelinho tal dificuldade, inerente às situações de crise, provocou a busca de meios de orientação, simultaneamente individuais e coletivos, envolvendo gente de várias escalas e segmentos sociais. No Rio de Janeiro, esse processo foi sentido de forma peculiar em virtude de sua nova condição de Corte, e portanto sede da monarquia portuguesa, onde a necessidade de operar com novos paradigma políticos ganhou urgência e magnitude em escala antes impensável. Demonstrações desse multifacetado universo são analisadas neste livro.
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| Autor | ANDRÉA SLEMIAN |
| Editora | HUCITEC |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 289 |
| Ano de edição | 2006 |
| Número de edição | 1 |

