A peça precursora do modernismo
Dezembro de 1896. Estreia de Ubu Rei, em Paris. Após uma rápida apresentação feita pelo próprio Alfred Jarry (1873-1907), entra Ubu acompanhado de sua mulher, Mãe Ubu, ambos grotescos. Numa Polônia imaginária, Ubu mata o rei, usurpa o poder e inflige aos inimigos todo tipo de tortura, com o auxílio de instrumentos malignos, como uma máquina de desmiolar. Seguem-se mortes, pilhagens, cinismo e covardia, tudo sem meias medidas. Ubu, o primeiro anti-herói da história do teatro, totalmente mau em todos os sentidos, é um concentrado de maldade e violência. Ao mesmo tempo, é irônico, cínico, divertido e ridículo, um espelho grotesco da iniquidade da condição humana. Não à toa, o texto parodia Macbeth, de Shakespeare, além de conter claras referências a Hamlet e Rei Lear.
Após a curta temporada de apenas duas apresentações, a peça foi tirada de cartaz e reencenada somente um ano após a morte do autor. Absurdo e irracionalismo filosófico – pedras angulares da cultura do século XX – foram demais para os espectadores do fim do século XIX. Hoje um clássico, Ubu Rei marca também o início da modernidade no teatro, além de ser precursor do dadaísmo, do surrealismo e do teatro do absurdo. Bem menos escandaloso quase cem anos depois, sempre uma obra-prima.
| Código: |
L002-9786556662268 |
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| Peso (kg): |
0,115 |
| Altura (cm): |
17,80 |
| Largura (cm): |
10,70 |
| Espessura (cm): |
0,90 |
| Autor |
Alfred Jarry |
| Editora |
L&PM |
| Idioma |
PORTUGUÊS |
| Encadernação |
Brochura |
| Páginas |
144 |
| Ano de edição |
2022 |
| Número de edição |
1 |