É possível contar a história de uma cantora ou cantor por meio de seus discos? É o que faz o jornalista Gutemberg Cruz, ao investigar todos os discos da baiana Gal Costa lançados nos anos de 1970. O recorte não foi aleatório. Nessa década, Gal amadureceu, livrou-se das influências de João Gilberto e Janis Joplin, agigantou-se, assumiu protagonismo quando Caetano Veloso e Gilberto Gil foram obrigados a se exilar em Londres, entre 1969 e 1972. Ao lado do produtor Guilherme Araújo, ela gravou discos que marcaram a música brasileira para sempre, como a obra-prima ao vivo Fa-Tal - Gal a Todo Vapor, retrato melancólico do Brasil no período mais repressivo da ditadura militar.