Militante do Teatro do Oprimido, Julian Boal encarou neste trabalho o desafio de reconstituir a proposta desde seus pressupostos históricos e teóricos, examinando tanto as raízes quanto o estimulante quadro contemporâneo, do Brasil à Índia, passando por Europa e Estados Unidos. Indica suas enormes possibilidades, mas também algumas de suas mais graves apropriações e desfigurações ideológicas. São derrotas que vivemos há muito tempo.
As formas de arte são perecíveis, dizia W. Benjamin. O que nos foi dado assistir não foi tanto a morte de certas formas, mas a completa transformação de seus sentidos pela mudança de conjuntura, conjuntura que abarca tanto a macroeconomia quanto a nossa subjetividade. Como está mudança afetou o Teatro do Oprimido? Que será dele e dos seus usos em tempos neoliberais? Como se deu, dentro do Teatro do Oprimido, a passagem de um tempo de ditaduras e partidos centralizados ao extremo a outro, de Facebook e democracias alegadamente participativas? Por que se deu sua extraordinária expansão pelo mundo junto com a relativa diluição de seu capital crítico?
Como convém a um pensador comprometido com a práxis e exigente ao extremo, Julian ainda aponta limites, inclusive de ordem teórica, de algumas das técnicas do TO, a começar pela mais frequentemente mobilizada, o Teatro Fórum. Esta é a marca do pensamento dialético: sem temer a verdade, enunciá-la e no mesmo processo descortinar os horizontes da luta que continuam sendo promissores e por isso mesmo férteis, por maiores que sejam os obstáculos.
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Autor |
Julian Boal |
Editora |
HUCITEC |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
326 |
Ano de edição |
2022 |
Número de edição |
1 |