Que força tem Édipo Rei para continuar a exercer contínuo fascínio sobre as gerações mil e quinhentos anos passados de sua estreia em Atenas?
Desde o século IV a.C., Aristóteles já situava a tragédia de Sófocles entre as mais perfeitas realizações do gênero, para ele, supremo.
O século passado viu o herói grego deitar-se no divã de Freud para representar a pulsão erótica que todo filho experimenta pela mãe na infância. Nem os rigores da forma, nem os descaminhos da psicanálise são explicações suficientes.
A princípio o destino de Édipo seria fonte de estranhamento e horror apenas: ele, que mata o pai e deita-se com a mãe, gerando filhos que vêm a ser seus irmãos. Não nos diria respeito, uma vez que nada perpetramos de tão terrível.
No entanto, identificamo-nos com ele porque seus atos são fruto da ignorância mais profunda. Seu sofrimento nos lembra que nenhum de nós pode afirmar com certeza quem é e que futuro lhe aguarda.
Assim, por meio da poesia de Sófocles, sua dor comunica-se a nós e engendra o processo catártico, que, para Aristóteles, é fruto da experiência estética. Por mais paradoxal que pareça, somos todos Édipo.
Esta tradução atualiza o texto de Sófocles para o português atual, sem perder de vista o que a tragédia grega tem de peculiar.
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Autor |
Sófocles |
Editora |
EDIPRO |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
112 |
Ano de edição |
2019 |
Número de edição |
1 |