Durante cerca de dez anos, entre 1855 e 1865, o teatro brasileiro floresceu sob o signo da então chamada ''escola realista'', embora o romantismo fosse a estética dominante na poesia e na prosa. Ao contrário dos românticos, que se preocuparam com os grandes temas da nacionalidade, os dramaturgos do realismo teatral voltaram os olhos para a vida em família e em sociedade. Aí colheram os tipos e assuntos que debateram no palco, procurando retratar os costumes da burguesia emergente, com uma finalidade nitidamente moralizadora. As três peças desta antologia fizeram enorme sucesso quando representadas no Rio de Janeiro. Os mineiros da desgraça, de Quintino Bocaiúva, é um libelo contra a agiotagem, vergastada num enredo que contrapõe a sociedade honesta aos especuladores. História de uma moça rica, de Pinheiro Guimarães, critica a prostituição e velhos hábitos da família patriarcal, tais como o casamento imposto pelos pais e a mancebia de homens brancos, já casados, com escravas. Cancros sociais, de Maria Ribeiro, apresenta a escravidão como a grande doença do país, que incita o crime e o preconceito.
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Autor |
F. Pinheiro Guimarães |
Editora |
WMF MARTINS FONTES |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
456 |
Número de edição |
1 |