Como atualizar e propor caminhos epistemológicos para o campo da Comunicação atravessando a linha tênue que divide a legitimação e a transgressão? De que forma reconhecer a inscrição científica de saberes e corpos antes invisibilizados, sem desqualificar a validade dos processos de construção de conhecimento? No exercício de pensar outros modos de fazer ciência, Sarará: memórias de colorismo apresenta em si mesmo o que a autora sentiu na sua vivência de mestiçagem: a experiência do entrelugar, da fissura e dos estiramentos, que ora se dão para um lado, ora pendem para outro, reunindo, ao final, um ajuste nem um pouco consensual, mas desafinadamente harmonioso. O livro é um pacto entre a desconstrução de padrões e a memória, apresentando modos de teorização que nascem das relações cotidianas e das armadilhas da identidade. Apresenta, então, um caminho possível para a ciência contemporânea, fazendo dos vestígios contemplativos da subjetividade uma via explícita e legítima de acesso à produção de conhecimento, agora sem medo da experiência. Há que se ler Sarará assim: sem medo, tanto do impacto emocional da identificação como da virada epistemológica que ele mostra ser urgente.
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L004-9786553771499 |
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Autor |
Fernanda Carrera |
Editora |
MAUAD X |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
136 |
Ano de edição |
2024 |
Número de edição |
1 |