Há muitos anos Salim Miguel devia a Biguaçu um livro que tivesse o nome do município no título. Paga-se, agora, a dívida com este Onze de Biguaçu, mais um. Aliás, direta ou indiretamente, toda a sua produção literária centra-se e remete a uma Biguaçu mítica e real.
Nas ficções deste livro o mesmo fenômeno, uma localidade transfigurada pela lembrança e pela memória, ocorre – e ocorre de forma ainda visível. Perpassa, inclusive, um componente autobiográfico a permear os textos. Estes podem ser lidos, também, compondo uma novela de formação, ao acompanhar a trajetória do crescimento e a tomada de consciência no mundo de um jovem, da infância até a adolescência, cujo nome próprio jamais é citado.