• Religião e poder civil, arranjos e resistências

Secularização, laicidade e “sem religião” estraram pela janela na pauta de interesses dos estudiosos das religiões. Menos de duas décadas atrás não faltava quem considerasse absurdo estudar secularização. Era assunto de outros contextos. Laicidade é ainda mais recente na pesquisa. Quem acabou de chegar e ainda é vista com receio por pesquisadores, e com medo por militantes religiosos, é o tema dos “sem religião”. Temos ainda pouca pesquisa sobre o tema nesse país “reserva estratégica do cristianismo” ou (na versão evangélica) a “grande nação evangélica”. Ambos “atributos” embasados nos puros dados duros não serviriam para justificar a importância dos “sem religião”. A consistente pesquisa de Nicolini contribui, de maneira singular, com a legitimidade do tema “sem religião”. Não apenas pela importância quantitativa do fenômeno, mas, porque desvenda labirintos pouco explorados da mudança inédita do lugar da religião na sociedade ocidental. O foco nas periferias faz brotar água da pedra. Não era religião coisa de pobre? Que religião importante é essa que se pega e se larga. Na cidade de São Paulo há muitos negros, migrantes, segregados, excluídos, população vulnerável que se assumem “sem religião”. Crer e não crer constituem binômio fundamental da mudança religiosa contemporânea. Nicolini vai ao fundo da questão destacando como os “sem religião” se tornam expressão de resistência à violência de um sistema que precisa da abdicação da liberdade, incluindo a renuncia ao direito à liberdade de não crer. (Paulo Barrera)

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Autor Marcos Henrique de Oliveira
Editora CRV
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 534
Número de edição 1

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