“O livro é sempre um amigo silencioso que fala quando nós o deixamos falar, e cujas palavras penetram na profundidade do coração. […] Muitas vezes os livros nos questionam e nos obrigam a tomar decisões e a rever o nosso caminho. […] Santa Teresa d’Ávila, depois de ter lido as Confissões de Santo Agostinho, toma a decisão de uma conversão radical. […] ‘Nossa Mãe’ está nessa dúvida que vai e vem, e pensa: ‘Vou pegar um livro na biblioteca das Filhas de Maria, e ele me ajudará a definir o meu caminho’. Ela entra na biblioteca, e uma mocinha desconhecida lhe diz, apontando um livro: ‘Este aqui é muito bom’. Ela pega o livro. São As memórias de Elisabeth da Trindade. Já tinha ouvido falar dela no colégio, no retiro pregado por um padre jesuíta. ‘Nossa Mãe’ ficou emocionada e viu nessa graça de Deus que o seu caminho estava marcado e definido.” (O autor) Assim começa a história da vocação da jovem Maria Luiza, que entraria no Carmelo para se tornar madre Tereza Margarida, apelidada pelo povo de Três Pontas (MG) de “Nossa Mãe”. Começou sua vida religiosa ingressando no Carmelo de Mogi das Cruzes (SP) e assumiu o nome religioso de Irmã Tereza Margarida do Coração de Maria. Muitos anos depois, Madre Tereza fundou o Carmelo de São José, nascido “do sangue de seu coração” e localizado na cidade de Três Pontas. Nesse Carmelo ela viveu por longos anos na simplicidade e humildade. Faleceu em 2005 com fama de santa e, em 2023, o Papa Francisco a declarou “venerável”. Sua trajetória de vida, disponível neste livro, encontra-se sintetizada nas palavras de São João da Cruz, que diz: “não somos nós que buscamos a Deus, mas é Deus que nos busca”.