É uma reflexão sobre a ideia errônea que se tem do ato de morrer. A visão do que se entende ser a vida, pelo ângulo do morto, teve o objetivo de fazer imaginar outras possibilidades, distintas daquelas que o tempo nos ensinou a acreditar. Nascer é bom (raciocino, sou Deus). Morrer é ruim (perco a razão, acabo). Em verdade a matéria não morre nunca, transformase. O homem sabe disso, mas insiste em não compreender. O espírito que não se volta para o espírito é que morre sempre, a toda hora, deixando em si mesmo as marcas do sofrimento em cada desatitude, em cada desatenção. A insistência em querer perpetuar o ínfimo espaço de tempo da vida, que do pó se forma e que para o pó se volta, fragiliza a luz divina que sopra a verdadeira existência. Tudo é muito simples: aceitemos conformados a despedida do que entendemos durante a vida ser a vida. É lá no depois que estará a razão do que há de fazer sentido. Este é o meu recado.
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L004-9786558681076 |
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Autor |
Amauri Outeiro |
Editora |
CRV |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
72 |
Ano de edição |
2020 |
Número de edição |
1 |