Despertar do sono da inumanidade. Essa é a consequência de uma Igreja que assume o princípio misericórdia. E para que isso aconteça não basta a honestidade intelectual, mas um movimento em relação ao outro, que produz esperança, generosidade e alegria. A teologia da misericórdia não é, contudo, a teologia do sofrimento, mas uma teologia da reação. Não basta mostrar a imperiosa necessidade de misericórdia diante dos povos crucificados. A misericórdia significa doação, humana e cristã, para o povo crucificado. A misericórdia não é suficiente, mas é absolutamente necessária num mundo que faz todo o possível para ocultar o sofrimento e evitar que o humano seja definido a partir da reação a esse sofrimento.