As instituições psiquiátricas brasileiras são consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como das mais avançadas do mundo. Tais entidades vêm passando por mudanças desde sua criação, há pouco mais de duzentos anos. Com o advento da Reforma Psiquiátrica, essas mudanças têm sido discutidas e questionadas com base nas experiências ocorridas em outros países. O conteúdo desse livro analisa dois grandes modelos de reforma pioneiros: o francês estatizante de setor e o italiano socializante. A psicoterapia institucional francesa, do Hospital La Borde - no Vale do Loire -, suscitou relevantes debates sobre a nova clínica da atenção psicossocial. Já a psiquiatria democrática italiana, originária de Trieste, com Franco Basaglia, teve desdobramentos em grande parte da Itália e em diversos lugares do mundo. A autora discorre tanto sobre aspectos favoráveis e desfavoráveis dos modelos citados como também da loucura (que inspira a teoria e a prática dos modelos e seus estabelecimentos).