Meninos e meninas da Linha Mico e de Barra Bonita, como tantos outros de idênticas raízes, jovens na década de 1960, viram o mundo agitado pelos grandes movimentos globais que deram origem à chamada Geração das Utopias. Inseriram-se na dinâmica geracional pelos caminhos da educação, dos movimentos sociais e estudantis. Inspirados pelos ideais fervilhantes daquele momento histórico, lutaram e buscaram converter os sonhos em tema de um mundo novo. Engenheiros da esperança, contam histórias da construção de um mundo melhor, colhendo lições para seguir adiante. A contextualização dos fatos conectou as histórias individuais, das comunidades e processos sociais mais amplos, com as manobras coletivas nacionais e globais. Parafraseando o Papa Francisco, trata-se de histórias dentro da história. Nesta viagem, ouviu-se a voz poética do prêmio Nobel de literatura Otávio Paz dizendo: “a memória não é apenas a capacidade de recordar, é a forma mais alta da imaginação humana. Se a memória se dissolve, o homem se dissolve”. Seguindo por estas veredas, o resgate histórico procurou ir além das recordações. Cultivando a memória com a inteligência criativa da imaginação, os fatos ganharam novo olhar, renovada narrativa, simbologia e significado.