Emílio Rodrigué é psicanalista, nascido na Argentina. Seu percurso envolve, como todos os que na época lidaram com a psicanálise - particularmente os argentinos -, a passagem por Melanie Klein. É um percurso marcado por idas e vindas, mas sempre norteado por algo que poderíamos chamar, talvez, de temperamento inquieto. Membro da APA (Associación Psicoanalítica Argentina), sofreu diversos reveses e, também, diversos sucessos. Sua passagem pelos divãs de Melanie Klein e de Paula Heimann (como analisando ou supervisionando) lhe dava, nessa época, simultaneamente, as dimensões de um deus ou de um demônio. Seu contato com Rapapport, Erikson, entre outros, lhe acrescentavam um currículo de que poucos dispunham à época. As experiências de grupo relatadas no livro, tão famosas durante um certo tempo na psicanálise que veio, no nosso país, da Argentina, são de uma extrema instrução. O leitor encontará nestas páginas um apanhado que traz experiências de analista e experiências pessoais. Cabe ao leitor fazer bom uso delas.