Saúde e sujeito: desafios à clínica no contexto da oncologia pediátrica relata um trabalho clínico desenvolvido com crianças e adolescentes, submetidos a condições graves de adoecimento. Este trabalho se fez através de uma articulação entre a teoria psicanalítica e o conceito de saúde tal como se apresenta na obra de Georges Canguilhem. Nesta perspectiva foi possível a construção teórica de uma abordagem na qual se conjuga a questão da saúde - tratada aqui no campo da oncologia pediátrica - e a problemática do sujeito, tal como trata a Psicanálise. Relatos de casos e fragmentos clínicos ilustram de forma consistente a emergência de resgatar-se o lugar do sujeito em meio ao rigoroso procedimento tecnocientífico, tão necessário nesse contexto. A perspectiva aqui apresentada sugere que, ainda em condições de adoecimento bastante adversas, a saúde comparece por meio da capacidade do sujeito de construir saídas criativas diante do assombro da doença e da finitude. Quanto à clínica, no caso de condições tão graves de adoecimento, é o trabalho simbólico, pela palavra, que se apresenta como fio condutor das invenções do sujeito. A articulação promovida entre a psicanálise e a perspectiva de Canguilhem resulta assim na afirmação de uma outra visada sobre o que é saúde, reconhecida aqui como o esforço de resistência do sujeito ainda que submetido às condições-limite que se apresentam em função de sua doença e de seu tratamento.
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Autor |
Ana Szapiro |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
129 |
Ano de edição |
2018 |
Número de edição |
1 |