O ideal narcisista defensivo passou a ser o ideal de nossa cultura. Ele promove a ideia de um herói potente, sedutor, realizador e eternamente jovem. A dor é negada e quaisquer sintomas psíquicos que evidenciem a fragilidade narcísica do ser humano são considerados patológicos.
Abordando o narcisismo pelo prisma arquetípico, o autor estuda o desenvolvimento da Consciência em seu caráter teleológico, isto é, direcionado a uma meta de expansão. É no vínculo narcísico da relação entre o Eu e o Outro que a Consciência se forma pela ação dos arquétipos que a regerão. Contudo, qualquer abalo na dinâmica narcísica sujeito-objeto pode prejudicar a estrutura do Eu e, assim, a evolução da Consciência. O narcisismo é, portanto, a pedra filosofal do estudo da psicodinâmica.