O objeto central deste livro é o processo de precarização do trabalho docente numa perspectiva histórica, perfazendo, no campo teórico, a defesa de que os historiadores voltem seus olhares aos professores como sujeitos do trabalho, e não apenas do ensino. Realizada à luz da História Social do Trabalho, a pesquisa que lhe deu origem contou com a participação de 128 professores em atividade e 3 aposentados, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. As categorias históricas do processo partiram do tripé “salários, jornadas e contratos”, ratificando hipóteses de que os professores estão cada vez mais pauperizados e explorados, com jornadas intensificadas e condições de instabilidades contratuais agudas. Somados ao tripé histórico, desvelaram-se elementos mais recentes do processo de precarização, como o avaliacionismo, a violência, o adoecimento e a crise de mobilização da categoria, marcos da política neoliberal adotada pelos governos estaduais na gestão educacional desde os anos 1990, em alinhamento à reestruturação produtiva do capital em âmbito global. O cenário material revelado foi ainda confrontado com as subjetividades docentes, expressas nos sentidos atribuídos pelos professores em luta, mas também em idealizações, e numa persistente romantização da profissão. Então, este livro é um convite, pois, se o professor é, como se defende aqui, um trabalhador, a compreensão do seu lugar social dentro do modo de produção, e a sua potência transformadora, devem impulsionar não apenas a historiografia do trabalho no olhar para os sujeitos, mas os próprios professores e professoras, às necessárias mudanças que poderão reverter e impedir a barbárie na educação e, por extensão, na sociedade.
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| Autor | Mariana Esteves de Oliveira |
| Editora | CRV |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 266 |
| Número de edição | 1 |

