Na paisagem pedagógica, circulam diversas vertentes, concepções e perspectivas de trabalho. Algumas prometem desenvolver os estudantes plenamente, outras se voltam para a transmissão de conhecimentos julgados imprescindíveis e há, também, aquelas que focalizam as competências e as habilidades desejadas para um ingresso satisfatório no mercado de trabalho. Essas perspectivas agregam os significados e os sentidos pertencentes aos grupos dominantes, veiculam representações hegemônicas de mundo e deixam pouco espaço para o reconhecimento da diversidade que habita a sociedade contemporânea. Nesta obra, sugerimos algo distinto: uma pedagogia que valoriza as experiências de estudantes e professores, que questiona a desigualdade e concebe a democracia como inspiração principal para todas as ações educativas. O que se pretende é promover o cumprimento do direito de todos os seres humanos a uma vida digna, mediante o estabelecimento do diálogo entre diferentes patrimônios culturais.