“Fazer glosa com as palavras, conforme nos mostram os versos de Bonfante, não é somente uma tentativa de transcender os limites da linguagem. O poeta sabe que a língua pode sempre escapar de nossas bocas, produzindo sentidos inesperados, e pode ela também ser como uma parideira obstinada: lutar para fazer nascer sentidos que não somente façam ecos em nossos corações, mas que façam nossas veias voltarem a pulsar, desejantes de vida. As reviravoltas da/na língua, na poesia de Bonfante, constroem uma dialética do desejo, um modo especial de fazer a língua reivindicar o prazer. Nos versos de Metapóeticas, glosar e gozar estabelecem uma intricada relação, fazendo-nos lembrar que toda palavra implica dois sujeitos desejantes de língua: aquele que escuta e aquele que fala. Posições intercambiáveis, modos de sentir prazer com/na língua, abrindo-nos a possibilidade de trocas profundas e sensíveis, fazendo-nos suportar — sem vergonha — o peso de nossos desejos e de nossas contradições. Boa leitura!”.
Milena Palha
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Autor |
Gleiton Matheus Bonfante |
Editora |
MÓRULA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
84 |
Ano de edição |
2025 |
Número de edição |
1 |