Desde o título, este livro é intrigante: quem, dentre professores e educadores, ousaria dizer que não são importantes os enigmas da educação? Quem ousaria dizer que a educação não é, ela mesma, um enigma? Estabelecendo uma associação entre educação, ética e política, a autora formaliza esse debate e põe em questão as próprias finalidades da formação e, através delas, as da sociedade que a patrocina. Dirigido a todos que têm a educação no cerne de suas preocupações, este livro não trata de “como fazer”: é um convite ao pensar, que não pode estar ausente de qualquer fazer. E essa é a própria idéia de filosofia: compromisso com o que há para ser pensado. Em nenhum momento a autora “deixa por menos” e põe o dedo na ferida: afinal, em nome de que ética, de que política e de que cidadania trabalham os professores e os educadores?