Exílio e retorno em Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque
Omissão um tanto forçada oferece aos leitores uma análise sobre a experiência de exílio de três grandes artistas brasileiros: Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Eles viveram temporadas forçadas no exterior após a edição do Ato Institucional n. 5 (AI-5), de dezembro de 1968. Chico em Roma, Gil e Caetano em Londres.
Com sensibilidade e talento, o autor Rodrigo Pezzonia responde a algumas questões polêmicas: haveria um “exílio brasileiro”, especificamente? As passagens de Gil, Caetano e Chico no exterior após a edição do AI-5 podem ser qualificadas como exílio? Por quê? Como se deu a particularidade dessa experiência (e do retorno ao Brasil), em cada um dos três casos? Em que medida podem ser comparados a outros exilados, inclusive artistas? Qual foi a influência do exílio em suas obras?
Em busca da resposta a essas e outras indagações, o autor recorre a diversas fontes, desde a produção fonográfica no período, passando por entrevistas e matérias na imprensa, até arquivos dos órgãos de informação da ditadura, especialmente aquele ligado à diplomacia do Itamaraty, o Centro de Informações do Exterior (CIEX), cujos documentos ainda foram pouco usados pelos pesquisadores. Esse é um aspecto que indiretamente o livro ajuda a destacar: o papel do Ministério das Relações Exteriores em atividades de informação e repressão no tempo da ditadura.
Em suma, trata-se de contribuição indispensável para compreender o exílio de Chico, Gil e Caetano e o contexto sócio-político em que se inseriu, e ainda como ele aparece no interior de suas obras.
Marcelo Ridenti
Código: |
L004-9786559660414 |
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Autor |
Rodrigo |
Editora |
ALAMEDA EDITORIAL |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
300 |
Ano de edição |
2021 |
Número de edição |
1 |