Nos anos de resistência à ditadura militar no Brasil e na diáspora do exílio, poucos viveram tão intensamente os acontecimentos como o autor destas memórias. Mauricio Paiva foi dirigente atuante do movimento estudantil em Belo Horizonte – no período mais candente das lutas estudantis, em 1967/68. Nessa época, foi várias vezes preso pelos órgãos de repressão política. Conheceu a ditadura em suas horríveis entranhas! Foi banido para a Argélia, em troca do embaixador alemão. Daquele país partiu logo para Cuba, com o propósito de preparar a volta clandestina à resistência no Brasil. Viveu nove anos e meio no exílio; quase dois anos em Cuba, um ano e meio no Chile, perto de um ano na Argentina e cinco anos em Portugal, onde viveu a Revolução dos Cravos. Essas memórias são um testemunho vivo! Histórias, narradas com contida emoção e serenidade, não reproduzem sob nova roupagem outras já contadas na extensa bibliografia da memorialística desse período.