A tradição do pensamento ocidental – constituída a partir de Platão e Aristóteles – está marcada por uma tripla dimensão: o esquecimento do ser, o silenciamento da linguagem e a emergência do domínio da técnica, esta última mais evidenciada na Modernidade como consequência do Iluminismo. Para desconstruir tal estado de coisas, Martin Heidegger formulou o que ele próprio designou como ontologia fundamental, em contraposição à tradição petrificada da metafísica vigente desde que a Filosofia se tornou uma atividade de escola. Trata-se, portanto, de recolocar a questão do ser – ou, mais propriamente, do sentido do ser – no lugar que lhe é devido na história do pensamento. Todavia, a reafirmação desta pergunta fundamental implica – de forma concomitante – a libertação da linguagem ou, mais precisamente, o trabalho de libertar a linguagem para o ser. Somente no aberto da linguagem o Dasein poderá ouvir o ser. Essa dupla tarefa encontra uma terceira: como fugir do domínio da técnica, do dispositivo, da maquinação que vigora no mundo moderno a partir da reificação da razão instrumental? A resposta não é simples e a implicação decorrente é ainda menos: o Dasein só poderá existir autenticamente quando se tornar habitante da linguagem, na medida em que habita poeticamente o mundo.
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Autor |
Manoel de Jesus da Silva Pereira |
Editora |
CRV |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
168 |
Ano de edição |
2024 |
Número de edição |
1 |