A experiência histórica do período joanino por meio das relações sociais de empréstimos é revisitada pela autora, cujo propósito não é encontrar, mais uma vez, somente os homens abastados da sociedade no trato das atividades creditícias.

Na rotina dos registros cartoriais, diferentes perfis de indivíduos tornaram-se protagonistas na rede de endividamento. Negros livres, forros, empregados públicos, profissionais liberais, mulheres com títulos de donas e religiosos são alguns dos agentes das relações sociais de empréstimos. Conhecer suas motivações e seus modos de atuar no mercado creditício é um dos objetivos desta obra.

O livro apresenta extensa documentação primária, destacando-se os Livros de Notas do Primeiro Ofício Cartorial e as Ações de Almas da Seção do Judiciário, ambos do Arquivo Nacional.

Tendo como objetivo principal analisar as transações creditícias da cidade do Rio de Janeiro do período joanino, tais experiências são fundamentais para compreender a norma e a prática que fundamentam as ações de cobrança das dívidas, bem como da relação credor e devedor.

Sobre a autora - Elizabeth Santos de Souza é graduada em História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, mestre e doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense. Em 2015, sua dissertação de mestrado ganhou menção honrosa no prêmio do Arquivo Nacional de Pesquisa e prêmio de publicação na série Nova Biblioteca da Eduff. O presente trabalho é fruto de sua dissertação.