Em O Discurso do Ódio, com uma lucidez e uma capacidade de previsão que chegam a incomodar, o polêmico pensador francês André Glucksmann inaugura a questão filosófica primordial do nosso século: viver é sobreviver ao ódio. Não há mais um equilíbrio do terror que, no passado, era mantido pelas grandes potências. O desequilíbrio dos terrorismos dissemina um poder de destruição universal ao alcance da grande maioria. Um ódio tão fragmentado é estruturado como um discurso que responde a tudo e a todos: quando algo vai mal, não busquem mais a razão disso! A explicação já foi formulada anteriormente: a culpa é do sexo, da “grana”, dos “imperialistas safados”... Ao declarar guerra contra a mulher (que perturba o ego), contra os judeus (que corrompem a humanidade) e contra os Estados Unidos (que fomentam um caos generalizado), o ódio se reveste das melhores intenções. Que paradoxo: seu clamor pretende ser guardião de nossa paz. Para Gluckmann, não existem explicações para o terrorismo que vão alem do puro ódio. O ódio penetra nossa intimidade, questiona em cada um de nós a nossa razão de viver e de amar. “O ódio acusa sem saber”, escreve o autor. “O ódio julga sem ouvir. O ódio condena a seu bel-prazer. Nada respeita e acredita encontrar-se diante de algum complô universal. Esgotado, recoberto de ressentimento, dilacera tudo com seu golpe arbitrário e poderoso. Odeio, logo existo.”
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| Autor | Andre Glucksmann |
| Editora | BERTRAND BRASIL |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 272 |
| Ano de edição | 2007 |
| Número de edição | 1 |

