• Novas capturas, antigos diagnósticos na era dos transtornos

Os processos de medicalização e patologização da vida e da política são crescentes no mundo contemporâneo, assumindo proporções que conseguem nos surpreender – e até assustar – novamente, a cada dia...
As diferenças que caracterizam e enriquecem a humanidade são tornadas transtornos. Desigualdades são escamoteadas, transformadas em doenças.
As questões coletivas, de ordem política, social, econômica, cultural, afetiva, que afligem milhões de pessoas, são transformadas em individuais e reapresentadas como doenças, transtornos, distúrbios. Problemas políticos são tornados biológicos, inatos à pessoa. Uma vez classificadas como doentes, as pessoas tornam-se pacientes e consequentemente consumidoras de tratamentos, terapias e medicamentos, que transformam o próprio corpo e a mente em origem dos problemas que, na lógica patologizante, deveriam ser sanados individualmente. As pessoas é que teriam problemas, seriam disfuncionais pois não se adaptam, seriam doentes pois não aprendem, teriam transtornos pois são indisciplinadas.
Vivemos a Era dos Transtornos, em que os interesses que alavancam os processos medicalizantes ampliam seus tentáculos. Vivemos a Era do Biopoder, em que todos somos bioconsumidores.

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Autor Mônica C. França Ribeiro
Editora EDITORA MERCADO DE LETRAS
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 344
Ano de edição 2013
Número de edição 1

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Novas capturas, antigos diagnósticos na era dos transtornos