A escolha metodológica que guia o livro de Bilate é a de realizar um verdadeiro trabalho de historiador da filosofia, no entanto não para se restringir a este trabalho, mas para buscar na obra do autor, e não na imaginação do intérprete, os conceitos próprios a sua filosofia e o seu sentido presente ali. E com eles construir, junto a Nietzsche, uma ética presente nos seus escritos, mesmo que não sob este título de uma ética dos afetos - embora seja do que se trata. Podemos metaforicamente dizer que os tijolos dessa construção estão tais e quais na obra de Nietzsche, mas que ali a própria construção não se encontra disposta dessa maneira, mesmo que nela essa construção encontre inteiramente seu sentido. Trata-se, pois, de um minucioso e meticuloso trabalho de historiador da filosofia, seguido ou mesclado de um ousado trabalho de filósofo. Se a tese apresentada no livro suscita um estranhamento, este se deve ao fato, extremamente positivo, de propor e de realizar um procedimento - aliás, extremamente nietzschiano - de ser seu autor um historiador da filosofia que escreve e articula os conceitos descobertos na condição de livre criterioso pensador.
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L004-9786587631936 |
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Autor |
Danilo Bilate |
Editora |
MAUAD X |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
272 |
Ano de edição |
2022 |
Número de edição |
1 |