Leitor e leitora, vocês estão prestes a iniciar uma jornada rumo à uma educação que, para além de uma técnica de ensino ou método pedagógico, é anunciada como um modo de ser. Em tempos sombrios como estes em que estamos vivendo, de crises ambientais forjadas por negligências políticas e ataques à educação e à escola pública, a professora Vanessa Bueno de Castilho revigora a ideia de que saber é sabor, e saber o que comer é também saborear a vida em comunidade. Seu percurso com alunos na organização de uma horta comunitária sugere a nós como aproximar o conhecimento das ciências com a experiência viva de cada aluno e aluna, e como reestabelecer a aprendizagem como centro das preocupações da escola e dos professores e professores, gestores e gestoras. Por meio do pensamento agroecológico, a autora estabelece como prioritária, para a sobrevivência planetária, a “relação com” e a “convivência” em substituição à exploração da natureza e à expiação de vidas. No embalo de narrativas escritas e pictóricas de aprendentes jovens, a você leitor e leitora, é oferecida a experiência de uma educação biocêntrica e imanente, centrada nas tramas daqueles e daquelas que vivem sua potência e o desejo de uma metamorfose planetária. Prof. Dr. José Aparecido Celório