A música é uma linguagem capaz de articular, ao mesmo tempo, as dimensões perceptiva e conceitual do conhecimento. Ela aproxima elementos aparentemente distintos, como razão e emoção, mito e logos, liberdade e disciplina, como nos mostra o Prof. Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, em "Musicalizando a escola; música, conhecimento e educação", 34o volume da Coleção Ensaios Transversais, que o selo Escrituras publica desde 1997.
A prática musical envolve múltiplas inteligências (musical, linguística, corporal, lógico-matemática, interpessoal, intrapessoal etc.), favorece a convivência e a colaboração entre as pessoas, além de propiciar o autoconhecimento corporal e psicológico. Apesar disso, muito pouco espaço tem sido reservado à música nos programas escolares. Se hoje em dia a música é quase sempre relegada a segundo plano na escola, o mesmo não se pode dizer do ponto de vista de uma retrospectiva histórica.
A educação, em toda a Antiguidade, tinha a música como um de seus principais elementos. Na lendária sociedade pitagórica, surgida no século VI a.C., a música foi o centro de referência dos estudos filosóficos e metafísicos. Platão considerava que a música, juntamente com a ginástica, deveria constituir a base de toda a educação grega. A compreensão da música para além do fenômeno estritamente sonoro, ou como uma forma de pensamento analógico, ou ainda como um conhecimento que possui ao mesmo tempo características míticas e lógicas, são alguns dos aspectos que podem fundamentar projetos de integração da música na escola.
Segundo o Prof. Campos Granja, “uma proposta de musicalizar a escola não pode se limitar apenas à inclusão da Música como disciplina escolar. Ela deve implicar um projeto de integração que ocorra não somente no nível dos conteúdos, mas também no nível da construção do conhecimento. É fundamental que haja uma articulação entre os momentos de elaboração conceitual e as atividades de natureza perceptiva.
”A Coleção Ensaios Transversais, coordenada pelo Prof. Nílson José Machado, da Faculdade de Educação da USP, trata de temas que articulam reflexões teóricas e ações cotidianas, em busca do que se poderia caracterizar como uma Scientia Activa, em busca de um debate aberto, que transcenda a mera reiteração de ecos e contribua efetivamente para a negociação e a partilha de significações. Tal fusão de horizontes é condição de possibilidade para um acordo no discurso, fundamental para a construção da cidadania.
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Autor |
Carlos Eduardo de Souza Campos Granja |
Editora |
ESCRITURAS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
160 |
Ano de edição |
2010 |
Número de edição |
2 |