De Debussy à música contemporânea deste início de século, o ''som'' se tornou um dos desafios centrais da música. Reler a história da música do século passado em diante significa, em parte, ler a história movimentada da emergência do som, uma história plural pois composta de várias evoluções paralelas, todas as quais nos conduzem de uma civilização do tom a uma civilização do som.''Estética da Sonoridade'', de Didier Guigue, estabelece novas e importantes balizas, pois se propõe a analisar a emergência da sonoridade como fenômeno de escrita, fenômeno passível de uma abordagem holística. O autor nos propõe acercá-la por meio de uma seleção de obras para piano que, partindo de Debussy, passa por Messiaen, Boulez, Stockhausen, Berio, Crumb e Lachenmann, compositores que, cada um a seu modo, buscaram desenvolver uma concepção integrada da totalidade do fenômeno musical, por meio de estratégias composicionais capazes de resolver problemas formais. Para elucidá-las, Didier Guigue elabora um método, no qual a sonoridade se define como síntese de componentes que interagem em complementaridade. Persiste ainda uma crítica à música contemporânea, dizendo que ela não é ''compreensível'', pelo fato de que cada compositor desenvolve sua própria linguagem. Este livro mostra que uma abordagem holística baseada na sonoridade permite situá-los dentro de uma estética comum, uma estética da sonoridade.
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Autor |
Didier Guigue |
Editora |
PERSPECTIVA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
424 |
Ano de edição |
2011 |
Número de edição |
1 |