• Morte matada

Durante o ano de 2019, 584 moradores de Campinas morreram em decorrência das mais variadas formas de violência. Foram vítimas de homicídios, feminicídios, suicídios, atropelamentos, colisões, quedas, acidentes do trabalho, atingindo predominantemente jovens pobres, pretos e pardos, moradores da periferia da cidade.
O livro Morte Matada dá voz a essas vítimas. Por meio de autopsias verbais realizadas com familiares, amigos e colegas de trabalho das vítimas, o texto faz uma ponte entre registros frios e descarnados de cadáveres silenciados e relatos eloquentes de agonias e mortes vivenciadas.
Em Campinas, sede de uma das maiores regiões metropolitanas do Brasil, vivem mais de um milhão de pessoas. O que acontece aqui não é
um caso particular. Ao contrário, a vida aqui reflete, com menor ou maior ênfase, o crescente desemprego, a fome, a precarização do trabalho, o machismo, o racismo estrutural, a presença de grupos organizados mediando conflitos à margem do Estado, a violência policial, o subfinanciamento do SUS, a imbecilidade dos negacionistas, e, sobretudo, a inequidade que, desde o tempo das capitanias, avilta o corpo e a alma dos brasileiros. O livro enfatiza que as mortes violentas são um fenômeno socialmente determinado. Todas são evitáveis. Nenhuma é acidental.

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Autor Ricardo Cordeiro
Editora APPRIS
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 191
Ano de edição 2022
Número de edição 1

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