Todas as terapias contém, de maneira implícita ou explicita, um repertório de crenças a partir das quais se organizam e dão sentido ao seu trabalho clínico. A terapia familiar crítica de terceira ordem não é, de forma alguma, a exceção. Aqui partimos da crença de que a sintomatologia ou o mal-estar pessoal é uma resposta à falta de diálogo solidário familiar e comunitário, e por isso são gerados padrões de abuso e exclusão que impactam a psique e o corpo das pessoas. Diante disso, o exame clínico enfatiza o que o porquê dessa família ou comunidade ter sido levada a romper o diálogo. De forma geral, esta publicação visa navegar pelos padrões de se conectam e pelo significado simbólico do desencontro familiar e comunitário que leva ao mal-estar familiar. Para isso, enfatizamos o papel que os sistemas de sistemas, a estrutura, representam nesse desencontro e mal-estar.