• Aleitamento materno

Aleitamento Materno surge em sua 3ª edição revista, atualizada e ampliada, tendo como autor o Professor Dr. José Dias Rego e 60 notáveis colaboradores. Seu principal e maior objetivo é repensar a insubstituível nutrição que o leite materno confere ao lactente, embasando-a com informações e pesquisas científicas, de acordo com as melhores evidências médicas. Levas a cada mãe a consciência de que, de acordo com a sabedoria popular, o ser mãe é: " Carregar o filho no útero durante nove meses; dois anos no colo e, no coração, toda a vida." E, para fins didáticos e de ordem prática, o livro pontua as seguintes verdades: [1] No útero, a criança recebe tudo o que precisa para o seu desenvolvimento e crescimento, pelo sangue que lhe chega pelos vasos umbilicais e ambiente materno. [2] Lá, ela fica banhada pelo líquido amniótico, morno, a 26° C, esperando o oitavo mês para dar uma cambalhota fantástica, encaixando-se na bacia materna. [3] Enquanto isso, a mãe prepara-se para recebê-la; prepara "o colo". Em torno do sétimo mês de gravidez, por estímulos hormonais, começa a ser formado um líquido especial, que fluí das mamas, o colostro, verdadeiro alimento-vacina contra as doenças. [4] Então, ele nasce, sai da água morna e vem para o meio ambiente, às vezes, descuidadamente frio. O cordão umbilical é cortado e o bebê literalmente separa-se da sua mãe. Extingue-se "o útero". [5] Inicia-se, em seguida, "o colo", a criança passa a ter tudo o que precisa por meio de leite materno, o substituto do sangue e no leite materno. [6] O leite materno fornece tudo o que o bebê necessita para se tornar uma criança e um adulto sadio. [7] Desde a gestação ("o útero"), a mãe produz anticorpos contra doenças e os armazena em seu organismo, para aos poucos fornecê-los pelo leite. Por isso, a criança que mama no peito tem menos doenças, como diarreia e a infecção respiratória, as principais causas da mortalidade infantil em nosso meio. [8] Já dizia Morquio: " A criança alimentada no seio raramente adoece; quando adoece, raramente morre." [9] Enquanto a criança mama, mantém contato íntimo com o colo da mãe, sente o seu cheiro, o seu calor, ouve a sua voz e as batidas do seu coração. [10] A mãe, de sua parte, ali está, quase num corpo só, dando o peito, o carinho, conversando, cantando, mantendo o filho junto a ela. Fortalece os novos laços que os manterão unidos. E, nesse amoroso percurso, constrói-se " o coração para toda a vida" Nove meses = útero + dois anos = colo + amor por toda a vida = vínculo mãe-filho [11] Hoje, sabe-se que logo após o nascimento há um período sensível, breve e crucial que nunca mais se repetirá, com forte influência na formação do vínculo mãe-filho. [12] Os estudiosos do comportamento humano chegam ao consenso: o vínculo mãe-filho é o protótipo de todas as formas de amor. [13] Logo após o parto, há alterações em alguns hormônios na mulher que influenciam o psiquismo materno. [14] A quantidade de estrogênio e a queda dos níveis de progesterona estimulam o afeto. O estrogênio, além disso, ativa os receptores sensíveis da ocitocina e da prolactina. [15] A ocitocina estimula o reflexo de ejeção do leite. Segundo Niles Newton, "a ocitocina é o hormônio do amor". Ela estará presente em todos os tipos de amor. Experiências demonstram que injeções intraventriculares de ocitocina em mamíferos podem induzir a modelo de comportamento materno. [16] Sabe-se, ainda, que há liberação de hormônios de tipo morfina, as endorfinas, durante o trabalho de parto e o parto. O mesmo acontece com o bebê, que também libera suas próprias endorfinas quando do seu nascimento. Assim, durante um curto período pós-parto , mãe e bebê compartilham a assimilação dessa substância opiácea. Por sua vez, a assimilação, mesmo que temporária, cria um estado mútuo: mãe-bebê, de dependência química. [17] Mediante tais e tantas evidências científicas, psicológicas e comportamentais, fica muito difícil (ao contrário do que a mídia tendenciosamente divulga). [18] Indaga-se: então, por que não se adotou o aleitamento materno como matéria educacional em nossas escolas de primeiro grau para meninos e meninas? Sim, também para os meninos, amanhã, futuros pais. A resposta não deve ficar no ar... Deve-se, pois, criar vínculos de acesso e divulgação, ao menos em nossas escolas públicas, treinando facilitadores para o resgate da maternidade com aleitamento e do vínculo mãe-filho, tempo de induzi-la à existência de uma hipotética incompatibilidade entre o ser mãe e o ser mulher que trabalha.

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Autor José Dias Rego
Editora EDITORA ATHENEU
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 656
Ano de edição 2015
Número de edição 3

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Aleitamento materno