O cinismo está entre nós – e se manifesta, inclusive, no âmbito de publicações acadêmicas e em condutas e prescrições médico-sanitárias. Escrito no gênero ensaio, com boas pitadas de humor irônico, inclusive sob a forma de cartuns, os textos deste livro pretendem “considerar a naturalização do cinismo que nos envolve e também a muitas práticas sanitárias para saber como demarcar e dimensionar o enfrentamento diante dos poderes que obstaculizam o acesso a um mundo melhor”. A partir de uma bem articulada e acessível fundamentação filosófica e conceitual do termo cinismo e de uma crítica ao capitalismo neoliberal globalizado, os autores vasculham a ciência e expõem suas fragilidades e incongruências. Os textos que compõem a obra têm em comum “a preocupação com a proliferação de enunciados cínicos no campo da saúde que inapelavelmente se relaciona a muitas das precariedades presentes”, com destaque para as iniquidades em saúde. Embora a ciência pretenda ser representação o mais fiel possível da realidade, isenta da subjetividade que distorce as evidências, a produção da verdade científica apresenta problemas – e tantas vezes acaba servindo ao domínio econômico e político. Desse modo, os ensaios aqui apresentados, “se nos preocupam com suas revelações, nos estimulam a resistir nesses tempos em que o cinismo ganha tão sinistras proporções entre a classe política brasileira”, como sintetiza no Prefácio o pesquisador Gil Sevalho, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
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| Autor | Danielle Ribeiro de Caco; Moraes |
| Editora | EDITORA FIOCRUZ |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 400 |
| Número de edição | 1 |

