• Matemática básica no sudoeste da Amazônia: uma proposta para escolas indígenas

O adensamento de brancos próximos às aldeias indígenas em busca de recursos da floresta de forma desenfreada tem preocupado os indígenas em relação à demarcação de seus territórios, além de alternativas que garantam o alimento, saúde e educação para os integrantes do tempo presente como também para as gerações futuras. Os Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFI) têm se destacado pelo seu pioneirismo, articulando maneiras mais eficazes de fortalecer as identidades de seus povos, redimensionando seus saberes tradicionais, agregando conhecimentos e tecnologias de outras sociedades, remodelando suas práticas e fazendo surgir um novo saber. Dentre os projetos mais relevantes e recentes, implantados pelos AAFI, destaca-se o Plano de Gestão Territorial e Ambiental, com interesses direcionados para o mapeamento do uso da terra e dos recursos naturais. As estratégias para a sustentabilidade nas terras indígenas foram sendo amadurecidas e hoje refletem expressivamente sobre os afazeres dos AAFI. É admirável, entre os povos indígenas acreanos, que mesmo depois de tantas reviravoltas têm sobriedade e sabedoria para continuar preservando suas tradições e seus valores culturais, que seu modus operandi persevera a pertencer a modelos de sociedades sustentáveis. Nesse sentido, é importante pensar em conteúdos matemáticos que venham alavancar a capacidade dos indígenas em serem proativos, empreendedores em seus territórios e com um foco de formação o qual os tornem pesquisadores, utilizando resultados e registros matemáticos que possam ajudá-los nas suas atividades práticas e, além disso, usem o ferramental matemático para auxiliar em seu planejamento. A matemática pode ser um elo fundamental para entendimento das ciências naturais, conhecimento importantíssimo para o currículo de formação dos AAFI.

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Autor Itamar Miranda da Silva
Editora APPRIS
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 295
Ano de edição 2019
Número de edição 1

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Matemática básica no sudoeste da Amazônia: uma proposta para escolas indígenas