A dor é uma construção cultural e ao longo da história ganhou diversos significados. Até a constituição do sentido atual, encontramos dois momentos centrais de virada: a assunção de um sentimento de si e a clínica médica moderna, pautada na anatomia e no olhar. A partir da medicina moderna e da criação da psicanálise, a dor apresenta-se como um fenômeno limite, que explicita a torção da concepção cartesiana realizada pela teoria psicanalítica na medida em que não é mais possível conceber uma dicotomia entre mente e corpo. Nesse percurso de investigação sobre o lugar da dor a partir da psicanálise, dedicamo-nos às modalidades da dor: sintoma, fenômeno psicossomático, luto e melancolia, e, em especial, a oriunda da lesão. A dor advinda da lesão demonstra uma quebra da noção de causalidade, que, por ser da ordem do trauma, ao se incorporar, apaga um antes e um depois; ao desorganizar, organiza, ao mesmo tempo, o psiquismo. A partir de então, debruçamo-nos sobre a incidência clínica da dor, concebendo-a como destinos da dor, petrificação, silêncio e grito. Nessa trajetória, em que a dor é o objeto de estudo, deparamo-nos com o desafio imposto à clínica psicanalítica.
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| Autor | Clarice Medeiros |
| Editora | APPRIS |
| Idioma | PORTUGUÊS |
| Encadernação | Brochura |
| Páginas | 197 |
| Ano de edição | 2020 |
| Número de edição | 1 |

