A morte é um tema grande e fundamental para o entendimento do que é ser humano. Por saber que vamos morrer e que temos o risco de perder pessoas muito importantes, os sentimentos que surgem são perturbadores.
Perder uma pessoa amada por morte, inevitavelmente, provoca uma ferida na alma.
A presença de uma ausência provoca afetos anárquicos e desorganizadores. Encontrar um destino e significação para o amor sem objeto passa a ser tarefa do enlutado. Para tal, muita dor e trabalho são necessários.
Crescer a partir da dor, integrar à identidade a condição de ferido e enfrentar heroicamente a necessidade de capitular, diante dos conteúdos que a morte nos apresenta, são a saídas possível para quem procura uma vida com sentido e inteireza. Tanto Hillman como Jung falam que fugir da morte constitui uma perda para a vida. Penso que as pessoas atingidas pela morte de um ente muito amado correm o risco de se perder na dor estéril, mas, por outro lado, têm a chance de desenvolver dotações profundas de enfrentamento das mudanças inevitáveis do viver.
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Autor |
Ana Maria Cordeiro |
Editora |
APPRIS |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
105 |
Ano de edição |
2022 |
Número de edição |
2 |