Este livro traz a palavra em cápsulas que subvertem, pela síntese, o vozerio apelativo da hiper-informação. A sensibilidade se estrutura em compactos de linguagem que convidam à leitura ativa e à poesia como re-existência. Contra a dispersão compulsória e o automatismo; contra a pasteurização sensorial e o sequestro dos sentidos.
Ecoando a voz da margem e desorganizando hierarquias numa micropolítica do enigma que re-inventa o cotidiano e a consciência na potência lúdica. Ampliando sentidos no corpo da palavra cultivada como planta rara.
Não mercadoria abundante, mas recurso vital. Pelo uso preciso do signo, reciclado em funções exatas, e ainda orgânicas, numa eco-poética do verbo que planta sentido na terra das subjetividades. Contra o sequestro dos desejos, poemas-imagem que também desejam. E ativam, condensados na forma do verbo, uma visão sensível das coisas.