Este livro que você tem agora em mãos é um primoroso roteiro para se (re)pensar a função da fotografia na sociedade. Não existe imagem inocente. É preciso ter repertório, nos diz Dulcilia Buitoni. E o repertório que a autora desfila pelas páginas deste livro surge como a retrospectiva de uma vida calcada na obsessão pela informação original, genuína, provocadora e que não se conforma em remontar clichês ou velhas e surradas teorias. Articulando e confrontando com extrema habilidade as ideias dos mais importantes teóricos que se debruçaram sobre os labirintos da significação da fotografia, Dulcilia nos oferece um riquíssimo e sedutor panorama com a capacidade que só os grandes mestres possuem de tornar didático e de fácil entendimento conceitos complexos como hiperimagem, imagem pós-fotográfica, imagem complexa e imagens semoventes, entre muitos outros.