O surgimento da COVID-19 (e vírus similares nas últimas duas décadas) claramente aponta ao desequilíbrio ecológico entre espécies, causado pela destruição de ecossistemas, a fragmentação de habitats e a erosão da biodiversidade. Além de apontar com precisão o modelo econômico predominante e a globalização desenfreada como a causa subjacente do desastre ambiental, estas narrativas apontam a mudança climática como fator fundamental tanto para entender a situação atual como para pressionar por políticas públicas realmente efetivas para combatê-lo. Se torna mais notável a proposta de que em vez de falarmos de “mudança climática”, devemos usar a noção de “colapso climático”. Dentro dos temas ambientais, surge também com contundência uma série de preocupações relacionadas com os efeitos acumulados do irracional e tóxico sistema agroindustrial de produção de alimentos. [...] Me parece que todas estas ênfases estão contribuindo para questionar o modelo econômico-social dominante e para desvirtuar os significados mais acomodados do alardeado conceito de “sustentabilidade”. Nos conduzem a “um reencontro urgente com a Mãe Terra”, fazendo-nos um convite cada vez mais convincente para reimaginarmos como natureza e como comunidade entre humanos e mais-que-humanos. Arturo Escobar
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Autor |
Felipe Bueno Kauê; Amaral Rafael Braz da; Pessoa Silva |
Editora |
CRV |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
192 |
Ano de edição |
2022 |
Número de edição |
1 |