A imaginação é necessária para dar forma a uma teoria ou a uma hipótese, pois trata-se de uma capacidade de sentir aquilo que ainda não se conhece, de intuir o que não pode ser compreendido. Ao retomar o mito de Gaia, a deusa grega que representa a Terra, este livro caminha em direção a uma nova teoria do conhecimento, considerando que os organismos vivos expressam uma dinâmica na qual os opostos são inerentes e a oposição é essencial. Portanto, o analisar mito e ciência, ou as implicações culturais de uma nova biologia, é algo que insere este livro no contexto da pós-modernidade, em que a interdependência e a interdisciplinaridade tentam construir uma nova maneira de pensar, um “paradigma holístico” que encaminhe para o controle consciente do planeta.