Na Porto Alegre da virada dos Anos 1950 para os 1960, a televisão supera o rádio e transforma o cenário musical. Os conjuntos melódicos ditam o ritmo do momento, universitários organizam festivais e apresentam nomes que irão ajudar a escrever a história da música no país. O videotape entra em cena e dizima o ecossistema local da música, forçando um êxodo em massa para o centro do País, para o México, Estados Unidos...

No meio disso, acompanhamos as aventuras de Norberto Baldauf, Mutinho, Geraldo Flach, Túlio Piva, Manfredo Fest, Breno Sauer, Nenê Baterista e tantos outros. Vemos a chegada na cidade da Bossa Nova, da Tropicália, da MPB, conferimos de perto os primeiros passos da busca por uma nova identidade musical porto-alegrense. Atravessamos as noites no Adelaide’s, no Clube de Cultura, nos pontos de encontro da classe artística local, enquanto o país entra em seu período mais sombrio com a ditadura civil-militar da primeira metade dos anos 1970

Estes são apenas alguns dos acontecimentos que percorremos no segundo volume da biografia musical de Porto Alegre. E é através do rigor e da leveza próprios do texto de Arthur de Faria, que recuperamos mais um pedaço da história da cidade e dos sons que a embalaram neste que é o quarto volume da série de biografias musicais da cidade de Porto Alegre (que se une a Elis: Uma Biografia Musical, Lupicínio: Uma Biografia Musical e Porto Alegre: Uma Biografia Musical, Volume I).