A crítica de arte sempre suscitou controvérsias. De grande relevância para a cultura brasileira foi o embate entre a crítica dita conservadora e os defensores do movimento que culminou com a Semana de Arte Moderna de 1922, no contexto de sua evolução histórica e que pressupõe escolhas: “[...] não há história sem crítica e sem espírito seletivo”. O estudo do passado permite compreender sua natureza em profundidade, dar-lhe “um sentido e uma significação” e, concomitantemente, a história e a crítica só se justificam enquanto existirem “conscientemente sob o signo da qualidade”, não importando as variações individuais e temporais do conceito de qualidade, pois a seleção e as escolhas ocorrem no mesmo nível. O importante, segundo o historiador e o crítico literário, “[...] é que a consciência de qualidade esteja presente, e não se deixe corromper, no trabalho do historiador e do crítico [...]”. As duas primeiras décadas do século XX no Brasil foram marcadas por diferentes posições no debate da cultura brasileira diante dos diversos movimentos artísticos, literários e musicais (expressionismo, dadaísmo e futurismo, entre outros). Impunha-se o reexame de tudo com a tomada de novas posições, no caso do movimento Modernista. O debate entre os partidários de uma visão estética tradicional e os partidários de uma estética dita modernista (ou futurista) foi empenhado com calor e com passionalidade virulenta naquela época e persiste atualmente como tema importante dos estudos brasileiros. Oscar Guanabarino estabeleceu um debate da maior importância para as artes e cultura brasileiras da segunda metade do século XIX a fins da década de 1930. Abordou, em seus textos críticos, assuntos com grande amplitude de temas correlacionados com as artes, desde a arquitetura de salas de concertos até a pedagogia do ensino do piano. Não se limitou, entretanto, a meros aspectos técnicos dos temas artísticos que comentava. Guanabarino postou-se de forma emblemática quanto aos aspectos comportamentais, morais e sociológicos da sociedade carioca naquele período. Relatou de maneira precisa a sociedade artística do Rio de Janeiro. Expor e analisar esses aspectos é o objetivo deste livro
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Autor |
Maria Aparecida dos Reis Valiatti Passamae |
Editora |
CRV |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
176 |
Número de edição |
1 |