Ao longo dos anos com o envelhecimento da população veio surgindo pesquisas que discutem tal fase, e perpassavam pela desvalorização/valorização, reconhecimento/desconhecimento do ser, denominação da fase, qualidade de vida e outras variações interpretadas como próprias da fase; estas discussões foram se apropriando da temática e demonstrando que envelhecer traz implicações, mas que não podem ser relacionadas única e exclusivamente à pessoa que envelhece, mas, sobretudo, ao meio no qual o idoso está inserido, já que é uma fase própria do ciclo de vida e que envolve toda sociedade e não um grupo isolado. O envelhecimento é um fenômeno crescente com características anatômicas e fisiológicas próprias da idade. Todavia, nesta fase há transformações múltiplas que apresentam à pessoa que envelhece e àqueles com os quais se convive um período de adaptação, período este que envolve mudanças físicas, sociais, culturais e econômicas, e que precisam ser trabalhadas não só pelo idoso, mas também por aqueles com os quais se convive. Isto porque a velhice foi almejada ao longo dos anos, alcançada, mas ainda passa por um período de compreensão e aceitação social e cultural em algumas sociedades. Na perspectiva de construir uma discussão relacionada ao envelhecer e velhice este livro traz uma abordagem científica relacionada às construções de vida do idoso, quer seja, em processo de saúde e/ou em condições adversas, quais sejam, físicas, sociais, culturais ou econômicas. Esta obra faz parte de uma coletânea que envolve quatro construções científicas, sendo esta a primeira delas, e os pesquisadores envolvidos participaram contribuindo em capítulos que demonstram a velhice a partir de vários olhares e em universos que se aproximam e se distanciam em inúmeras questões. Os Organizadores