Parentalidade'' é um neologismo que vem ganhando consistência nos últimos anos e que tende a substituir o termo ''família''. É possível localizar essa preocupação em diversos autores, de diferentes disciplinas, extraindo da possível substituição diferentes consequências. Haveria mesmo nesse novo termo, e nos discursos que lhe são subjacentes, essa pretensão? Sustentar-se-ia tal pretensão na leitura de que a família vive uma crise sem precedentes na atualidade? A parentalidade implicaria um risco para a transmissão familiar? A família como resíduo, ancorada nas funções materna e paterna e nos modos como pai e mãe se conformam em semblantes, está do lado da estrutura - necessária, mas pendente do que é da ordem da contingência, ou seja, é descompletada pelos traços, posições e valores que prevalecem em uma determinada época no laço social e pela posição singular dos sujeitos implicados em cada uma dessas funções. A psicanálise, ao bascular entre o universal e o homogêneo que os discursos sobre a parentalidade veiculam, e a singularidade inerente à noção de família como resíduo, faz comparecer a impossibilidade de recobrimento da falta (condensada no aforismo lacaniano ''não há relação sexual''). De modo que ao PARA TODOS dos discursos sobre a parentalidade, à psicanálise cabe responder reenviando cada família à sua singularidade.
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Autor |
Daniela Waldman Teperman |
Editora |
EDITORA ESCUTA |
Idioma |
PORTUGUÊS |
Encadernação |
Brochura |
Páginas |
256 |
Ano de edição |
2014 |
Número de edição |
1 |