Este livro focaliza eventos de pausa em fronteiras informacionais que não guardam paridade necessária com os intervalos sintáticos e descreve o efeito das variáveis em relação a episódios de silêncio na linguagem oral e sua representação na escrita. Busca verificar os fatores propulsores que explicam o preenchimento de fronteiras na fala e sua representação na escrita, as barreiras para sua implementação e as estratégias de não ruptura em fronteiras sintagmáticas, descartando a hipótese de quadro de disprosódia e de utilização anormal nos diferentes textos que circulam nas mídias sociais, na medida em que avança o entendimento acerca dos índices de marcação textual sob perspectiva do contínuo fala-escrita. Do ponto de vista aplicado, explicita a maneira como as pressões normativas e as agências de letramento inibem a consciência metalinguística do falante em relação à competência natural que se espera ver despertada na escola. Os autores da obra dispensam especial atenção à qualificação adequada do docente para os processos focalizados e assinalam os procedimentos esperados por parte do professor no que se refere ao conhecimento do perfil dos usuários e das condições de produção de material didático apropriado. A obra Continuo fala-escrita na escola oferece também ao leitor um rol de atividades pedagógicas, indicando-lhes as finalidades e as fases de aplicação no curso da escolarização.