Africanidades e conhecimentos sobre territórios negros e seus povos se avolumam nas universidades. A África gradativamente se revela em estudos, pesquisas e textos em variados formatos. Mas ainda sabemos poucos sobre as nações negras de antes e depois da colonização. Suas raízes culturais, entretanto, têm nos permitido mergulhar nas trajetórias da sociedade brasileira e nos valores civilizatórios das sociedades africanas. Temos aprendido a nos (re)conhecer e nos esforçamos para ensinar nossas histórias. A produção sobre africanidades e a difusão de conhecimentos sistematizados em eventos científicos parecem ganhar maior relevância quando nascem na periferia acadêmica, como um centro da multi-campia da Universidade Federal do Piauí, o Campus Amílcar Ferreira Sobral, em Floriano. Há, na experiência, múltiplas significações. Como ato coletivo, o evento “Quais histórias conhecemos da África: literatura e arte?” e o livro agora publicado são, sem dúvidas, repletos de resistências. O livro é uma oportunidade de inserir quem o ler nesse ato de resistir pelo conhecimento. É também um convite para o animus da transformação. As escolas e a sociedade brasileira precisam avançar em equidade e igualdade. Solimar Oliveira Lima (Organizador)