• O Mercador de Palavras ou a Rescrita do Mundo

Numa altura em que tende a acentuar-se o aparente divórcio epistemológico entre paradigma mercantil e imaginário literário e artístico, este ensaio volta a mergulhar-nos numa época em plena efervescência (os séculos XII e XIII) onde o pensamento económico e criação poética participam de uma mesma visão semiológica e simbólica do mundo; uma visão plural, complexa e, não raras vezes, paradoxal que nos permite questionar e apreender aspectos cruciais da nossa própria identidade cultural. Na reconstituição do sentido e na contextualização do meio social em que essa figura [do mercador] aparece e ganha identidade, têm lugar os mais variados apoios da interpretação proposta: a história de conceitos formulados já desde a patrística, mas reformuladas por teólogos, moralistas, comentadores, pregadores e mestres espirituais dos séculos XII e XIII; a transformação das condições sociais e económicas da sociedade do centro europeu [...]; a construção das teorias sobre as relações entre o poder espiritual e o poder temporal e sobre a função monárquica; as variadíssimas interpretações e adaptações da ideologia das «três ordens»; o papel e a simbólica do dom, da troca, do dinheiro, da compra; a doutrina sobre os vícios e as virtudes; as representações do poder, da avareza e da generosidade; a simbólicas da cidade e da floresta, do castelo, da torre e da catedral; enfim, uma imensa multidão de temas, conceitos, discursos, pressupostos e representações que, no seu conjunto, não deixam praticamente nenhum aspecto da vida medieval por examinar, tal como ela é representada em toda a espécie de textos da época (José Mattoso).

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Autor Carlos F. Clamote Carreto
Editora CHIADO EDITORA
Idioma PORTUGUÊS
Encadernação Brochura
Páginas 596
Ano de edição 2012
Número de edição 1

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O Mercador de Palavras ou a Rescrita do Mundo